Os Estados Unidos têm se tornado um grande polo consumidor da carne mato-grossense. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, os EUA aumentaram em quase oito vezes seus embarques de carne bovina, se tornando o maior importador da proteína mato-grossense.
Os dados constam no boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Conforme o Imea, os EUA aumentaram aproximadamente 50% o volume de embarques em novembro, em relação ao mês de outubro, totalizando 8,28 mil toneladas em equivalente carcaça.
Além dos EUA, outros países também tiveram destaque nas importações no mês de novembro. Países que compõem a União Europeia e o Oriente Médio registraram alta de 5% e 9%, respectivamente, no volume de importação de carne bovina em novembro ante o mês de outubro.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Júnior, explica que a abertura desses novos mercados se deu também em razão da barreira ainda imposta pela China, que era o principal comprador da proteína animal. Com isso, o mercado teve que se adequar e procurar novos destinos para a carne brasileira – e tem apresentado bons resultados.
“Essa situação da China foi uma grande lição para o Brasil. A dependência da China nos fez ir atrás de novos mercados e a surpresa grande veio. Os EUA aumentaram a compra. Nós abrimos também agora para o mercado russo, além do sudeste asiático. Tivemos que nos adaptar à nova realidade sem a China e temos conseguido exportar grandes volumes na mesma medida em que estamos suprindo muito bem o mercado interno, que é o maior cliente da carne mato-grossense”, afirmou.