Exportação de carne desossada sobe 30% em 2017

Mato Grosso registrou no ano passado uma alta de 30% no total exportado de carnes bovinas desossadas - congeladas e frescas - na comparação com 2016.
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Mato Grosso registrou no ano passado uma alta de 30% no total exportado de carnes bovinas desossadas – congeladas e frescas – na comparação com 2016. Os números levaram o Estado, ao final de 2017, a conseguir um superávit de 13,3 bilhões (R$ 43,2 bilhões de dólares) na balança comercial, o maior desde 2013, quando o superávit foi de 14,1 bilhões de dólares (R$ 45,8 bilhões, na cotação atual).

Os números foram divulgados na última semana pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Em todo o ano, o estado exportou 14,7 bilhões de dólares (R$ 47,7 bilhões) e importou 1,4 bilhão de dólares (R$ 4,5 bilhões) em produtos.

As exportações de carne desossadas congeladas saltaram de 712 milhões de dólares (R$ 2,3 bilhões), em 2016, para 997,6 milhões de dólares (R$ 3,2 bilhões), o que representa um aumento de 40,1%.

No caso das carnes desossadas frescas ou refrigeradas houve queda. No ano passado foram levadas para fora um montante de 157,6 milhões de dólares (R$ 511,6 milhões), sendo que há dois anos haviam sido exportados 176,4 milhões de dólares (R$ 572,6 milhões). A queda, nesse caso, foi de 10,6%.

De acordo com Luciano Vaccari, diretor executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), os números demonstram que a credibilidade da proteína mato-grossense conseguiu superar os desafios causados por problemas como a Operação Carne Fraca e delação dos donos da JBS, detentora de quase metade dos frigoríficos no Estado.

“No ano passado a qualidade da nossa carne foi questionada, mas esses levantamentos demonstram que ainda temos muita credibilidade internacional. Nós superamos todos os desafios e atendemos as expectativas dos compradores. Exportamos mais em dinheiro e mais em volume, ou seja, também vendemos por preços melhores”, pontua.

Vaccari ressalta, ainda, que as exportações foram importantes para equilibrar não somente a balança comercial do Estado, mas também a balança comercial brasileira, o que demonstra “o quanto Mato Grosso contribui com o país”. O diretor executivo ainda lembra que Mato Grosso terminou o ano como o maior exportador de carne bovina do país, superando São Paulo, o líder histórico no quesito.

Balanço
Os três produtos mais exportados por Mato Grosso durante todo o ano de 2017 foram a soja, chegando a 6,8 bilhões de dólares (R$ 22 bilhões); o milho em grão (exceto para semeadura), em um valor de 2,8 bilhões de dólares (R$ 9 bilhões) e o bagaço e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja , em 1,5 bilhão de dólares (R$ 4,8 bilhões).

Nesse balanço anual, as importações realizadas pelo Estado correspondem a produtos como cloreto de potássio, alcançando um montante de 519,4 milhões de dólares (R$ 1,6 bilhão); adubos e fertilizantes minerais com nitrogênio e fósforo, em 197,4 milhões de dólares (R$ 640,8 milhões) e ureia com teor de nitrogênio, em um valor de 193,7 milhões de dólares (R$ 628,8 milhões).

Os principais parceiros comerciais que compraram de Mato Grosso entre janeiro e dezembro foram a China, em valores que alcançam 4,7 bilhões de dólares (R$ 15,2 bilhões); Países Baixos, em 927,4 milhões (R$ 3 bilhões) e o Irã, com um acumulado de 901,7 milhões de dólares (R$ 2,9 bilhões).

Do outro lado da conta, o estado comprou majoritariamente produtos dos Estados Unidos, chegando a 201,8 milhões de dólares (R$ 655,1 milhões); Canadá, em 167,3 milhões de dólares (R$ 543,1 milhões) e Rússia, em 158,7 milhões de dólares (R$ 515,2 milhões).