Exportações avançam 46%

Montante negociado com MT passou de US$ 317,109 milhões em 2015 para US$ 463 milhões este ano

EXPORTAÇÕESOs países que compõem a Liga Árabe ampliaram as importações de produtos mato-grossenses em 46% no 1º semestre de 2016, se comparado a igual período de 2015. O montante passou de US$ 317,109 milhões para US$ 463 milhões de um ano para outro. Entre os 30 principais países para os quais o Estado exporta, 4 são do Oriente Médio e têm 5,63% de participação na balança comercial estadual. A elevação se deu em razão da política de renovação de estoques.

No Brasil, o aumento nos valores negociados foi de 113,94% no período analisado, passando de US$ 159,6 milhões para US$ 341 milhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). Embora a Liga Árabe seja composta por 22 países, somente 4 federações ou reinados possuem notoriedade na relação comercial mato-grossense. O Egito está em 13º lugar no ranking de clientes das exportações mato-grossenses e possui 2,05% de participação na balança comercial do Estado. No 1º semestre de 2016, o país desembolsou US$ 168,505 milhões na aquisição de produtos de Mato Grosso, 35,47% a mais do que em igual período de 2015, quando foram negociados US$ 124,389 milhões. Em seguida, está a Arábia Saudita, que negociou US$ 154,260 milhões no 1º semestre deste ano, enquanto que no ano passado foram US$ 83,437 milhões, um aumento de 84,8%.

O secretário-geral da CCAB, Michel Alaby, disse à Gazeta que o período religioso conhecido por Ramadan, celebrado entre os meses de junho e julho, colaborou para a renovação de estoques de alimentos dos países árabes. “Como se trata de um mês de jejum, os seguidores do Islã ficam sem se alimentar durante o dia, mas ao chegar a noite precisam de muito alimento para o desjejum”. Com isso, os preparos à base de cereal são os mais tradicionais entre os países árabes, assim como as carnes brasileiras, principalmente a bovina e a de frango.

Outro fator elencado por Michel Alaby é a limitação da agricultura nos países que compõem a Liga Árabe. “Esta condição favorece as relações comerciais com o Brasil, principalmente, com Mato Grosso. A tendência é que haja um estreitamento comercial entre o país e os componentes da Liga, o que é uma grande oportunidade para o Brasil”.