Exportações do ano já passam de US$ 10 bi

De janeiro a julho, MT faturou US$ 10,22 bi, 1,69% a mais que em igual período do ano passado
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As exportações mato-grossenses do agronegócio crescem 1,69% no acumulado dos primeiros sete meses desse ano, ante igual momento de 2017. A receita fechou com faturamento de US$ 10,22 bilhões ante US$ 9,15 bilhões.

Ao contrário do ano passado, Mato Grosso, somente enviando produtos do agro, lidera o ranking nacional e responde por 17,27% dos mais de US$ 59,2 bilhões contabilizados no país.

O ranking nacional é formado por Mato Grosso, São Paulo (US$ 9,96 bilhões), seguido por Paraná (US$ 8,35 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 6,98 bilhões) e Minas Gerais (US$ 4,40 bilhões).

Além de ser líder dos primeiros sete meses de 2018, Mato Grosso fechou julho também na liderança com o maior faturamento do agro do mês, somando envios de US$ 1,71 bilhão. Ano passado, com saldo de US$ 1,17 bilhão, o maior produtor nacional de grãos, algodão e bovinos, conquistava o terceiro lugar entre os estados brasileiros.

Os dados do Boletim da Balança Comercial do Agronegócio, divulgado pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostram que até julho as exportações do complexo soja (farinha, óleo e grãos) responderam por 81% dos embarques de produtos do agro. Milho e carnes (suínas, bovinas e de aves), participaram com 7,77% e 6,26%, respectivamente.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), aponta que no mês de julho, o total escoado pelo país foi de 10,2 milhões de toneladas, com um recuo de 3,2% diante do mês de junho. Mato Grosso, por sua vez, contabilizou 2,8 milhões de toneladas escoadas, uma regressão de 0,9%, quando comparada com o mês anterior. No entanto, diante da série histórica, apresentou o maior volume exportado no período.

“Um ponto a ser destacado é a participação mato-grossense no volume total escoado pelo Brasil, que de janeiro a julho já contabiliza um share de 30%, com um total de 16,9 milhões t. Vale ressaltar que, apesar de nos últimos meses ter ocorrido a greve dos caminhoneiros, o escoamento de soja no período foi bem administrado, conseguindo, assim, absorver bem os reflexos da paralisação. Desta maneira, com a maior parte da oleaginosa já comercializada, a exportação deve seguir um fluxo de escoamento reduzido até a próxima safra”, avaliam os analistas do Imea.

Das 32,52 milhões de toneladas estimadas pelo Imea nessa safra, 2017/18, 90% estão comercializadas, volume que supera o contabilizado (até o início de agosto) do ano passado.

ORIGEM – No país, a receita subiu de US$ 56,39 bilhões para US$ 59,2 bilhões, valor recorde de toda a série histórica (1997-2018) para o período, conforme o Boletim do Mapa.

O recorde foi obtido em função, principalmente, da elevação do volume das exportações, que subiu 4,3%. O índice de preços das exportações teve incremento de 0,7%.

O agro representou 43,4% do total das vendas externas brasileiras no período analisado. As importações no setor totalizaram US$ 8,3 bilhões no período (-0,6%). Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio nos primeiros sete meses do ano foi de US$ 50,9 bilhões.

DESTINO – A Ásia aumentou sua participação entre os importadores do agro brasileiro. Em 1997, a participação do continente era de 16,1%. Nos últimos dez anos, a participação tem aumentado, atingindo, 51,8%, no acumulado do ano (janeiro a julho).

A principal razão para a elevação das exportações para a China, que segue sendo o maior consumidor, foram as vendas de soja em grão. A quantidade subiu de 39,4 milhões de toneladas para 43,9 milhões de toneladas de soja em grão no período em análise.