Serão leiloadas no dia 26 de junho 26 propriedades da Massa Falida de Fazendas Reunidas Boi Gordo e Coligadas S/A, situadas em Comodoro. Elas resultam da divisão das Fazendas Realeza do Guaporé 1 e 2 e que neste leilão serão vendidas exclusivamente de forma individual. Os lances mínimos variam de R$ 1,993 milhão a R$ 21,5 milhões, com deságio de até 70%, segundo a Lut Leilões, leiloeira oficial.
No dia 21 de março foram ofertadas 31 fazendas, das quais 3 apenas foram vendidas. Este leilão sucedeu outro, de setembro de 2016. Na ocasião, a área de 131 mil hectares e incorporada em uma única fazenda foi arrematada por R$ 305,896 milhões por um único interessado. A propriedade foi avaliada em R$ 511 milhões. Contudo, o arrematante não efetuou o pagamento de 20% do valor do lance dentro do prazo oficial de 24 horas e o restante de 5 parcelas semestrais. Com isso, a área foi desmembrada em 31 fazendas, além de 2 lotes menores, que também foram negociados em março deste ano. Ao desistir da aquisição, o arrematante terá que arcar com 20% do valor do lance inicial -ou seja, R$ 61 milhões – e ficará inabilitado para novos leilões.
Como lembra a leiloeira oficial, esse leilão é o maior que houve no Brasil. Os recursos provenientes da venda serão utilizados para liquidar débitos pendentes com 32 mil investidores lesados com o esquema de pirâmide financeira da Boi Gordo. Desde que foi decretada a falência do grupo Fazendas Reunidas Boi Gordo S.A, em 2004 a concordata remete ao ano de 2001 foram vendidas 9 propriedades, com ágio. Foram liquidados os créditos trabalhistas, mas ainda restam os créditos fiscais. A dívida total está calculada em R$ 4 bilhões.
