Frigoríficos buscam ampliação no mercado chinês

Desde junho do ano passado, quando os embarques de carne bovina in natura à China foram retomados, as exportações ficaram concentradas nas mãos dos maiores frigoríficos do país

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Desde junho do ano passado, quando os embarques de carne bovina in natura à China foram retomados, as exportações ficaram concentradas nas mãos dos maiores frigoríficos do país. Entre as 16 plantas brasileiras autorizadas a vender ao gigante asiático, a maioria é de JBS, Marfrig e Minerva. Enquanto isso, outras 40 unidades já credenciadas pelo Ministério da Agricultura aguardam aprovação dos chineses – que já consomem 32% da carne bovina exportada pelo Brasil.

Em Pequim, o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, assinou nesta semana acordo de cooperação com a China Meat Association (CMA) para tentar facilitar o acesso ao mercado chinês a indústrias brasileiras de médio porte. A CMA é formada por cerca de 600 membros da indústria chinesa de produção e distribuição de carne.

Salazar explica que para vender ao país asiático é preciso ter escala mínima de produção – o equivalente à 700 cabeças abatidas por dia. De janeiro a agosto deste ano, o Brasil exportou quase 300 mil toneladas de carne bovina à China, 53% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo informações da Abrafrigo.

A habilitação de novas plantas brasileiras depende de vistoria de técnicos chineses a essas unidades o que, segundo o Ministério da Agricultura, poderá ocorrer agora em outubro.