Grupo lança novas cultivares

Novas cultivares aumentam a produtividade, atendendo a necessidade dos produtores do Estado

Após contínuos investimentos em pesquisas realizadas há mais de 20 anos, o Grupo Matsuda, com sede em Mato Grosso, lança comercialmente novas cultivares. Os materiais vieram do germoplasma da Matsuda Genética. Na fábrica instalada em Cuiabá – que produz 600 toneladas diárias de sementes – já foram investidos mais de R$ 100 milhões, diz o presidente da empresa, Jorge Matsuda.

O processo de aperfeiçoamento genético consiste em selecionar as plantas com características superiores desejáveis, como maior produção de forragem, melhor qualidade nutricional, porte mais baixo e plantas de ciclo mais tardio. Engenheiro agrônomo da fabricante, Marcelo Ronaldo, detalha as potencialidades das 4 novas cultivares da Matsuda. As variedades lançadas no mercado são MG7-Tupã, MG11-Tijuca, MG12-Paredão e MG13-Braúna.

Como características da MG7 – Tupã, o engenheiro destaca a adaptabilidade a solos com baixa qualidade, pouco profundos, mal drenados e cascalhado, como se vê na região da Baixada Cuiabana e no Centro-Oeste de modo geral. Após formada, a planta apresenta menor altura e folhas mais largas e compridas. Entre 45 a 60 dias após semeada, a pastagem está formada para pastejo leve. A rebrota acontece entre 20 a 25 dias. “É recomendada para bovinos na fase de cria, recria e engorda e também para equinos”.

Para áreas alagadiças, como a região do Pantanal, foi lançada a variedade MG11-Tijuca. Setária híbrida, é tolerante a solos de média e baixa fertilidade. “Ela deriva de 3 cultivares que já estão no mercado. Com isso obtemos uma planta resistente ao encharcamento. Tem bom teor de proteína e produção de massa. A semente dela não tem dormência, que é uma defesa da planta para germinar só no momento ideal. A MG 11-Tijuca germina rápido”.

Por sua vez, a MG12-Paredão, Panicum, é mais resistente à cigarrinha, uma das principais pragas que atinge pastagens e responsável por perdas de produtividade. Possui folha larga e comprida e com elevado índice nutricional. Característica que contribui para maior produção de carne e leite. É considerado o capim do futuro em termos de produtividade.

Já a MG13-Braúna, Brachiaria, tem boa aceitação pelos animais, além de ser resistente à seca e veranicos, com rápida rebrota após o pastejo. “AMG- 13-Braúna apresenta porte baixo, sendo mais de 60% de composição formada por folhas e pouco talo, para ter mais qualidade nutricional. Pode ser usada em solo de baixa e média fertilidade. Então, é um material que garante melhor produtividade. Se tiver pouca chuva e cigarrinha da pastagem é um material resistente à praga”. Indicada para trabalhar com animais jovens, na fase de desmama. “Para garantir bons resultados na pecuária é importante manter mais de uma variedade de gramínea na propriedade, em áreas de rotação para atender toda a necessidade do rebanho”, conclui o engenheiro agrônomo.