Indefinição sobre frete gera prejuízos milionários para o agro em MT

Há exatamente um mês os motoristas de caminhão davam início a uma paralisação histórica que parou o país.
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Há exatamente um mês os motoristas de caminhão davam início a uma paralisação histórica que parou o país. Há três semanas, essa manifestação terminava. E ainda hoje, os reflexos continuam sendo sentidos. Enquanto o impasse sobre o tabelamento do frete não é resolvido, empresas estão deixando de transportar mercadorias, há armazéns lotados de soja e falta espaço para o milho que está em plena colheita.

Em Mato Grosso, os prejuízos para o setor produtivo são milionários e a cada dia que passa o cenário fica ainda pior. Segundo Daniel Latorraca, superintendente do Imea, a “paradeira” nos mercados de soja e milho é um dos grandes exemplos de como o setor sofre os impactos desta indefinição. Já são duas semanas e meia “sem cotações” em Mato Grosso, algo que nunca tinha acontecido até aqui.

A previsão é de que o impasse permaneça pelo menos até a próxima quinta-feira (28), prazo estipulado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que todos os envolvidos na discussão busquem um consenso sobre o tema. A data foi definida durante a audiência do ministro Fux com representantes dos caminhoneiros e lideranças do setor produtivo, que debateu a tabela de preços mínimos para o frete rodoviário no Brasil. O encontro foi realizado ontem (20) em Brasília.

Em nota a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), manteve seu posicionamento acerca do tabelamento de frete, considerado inconstitucional pela entidade.

Na opinião da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o estabelecimento do preço mínimo, fere o princípio de oferta e demanda no mercado, pois cada segmento e região tem diferenças tributárias e características econômicas particulares. Ainda segundo a entidade, “o Governo Federal precisa rever sua interferência na economia, que acaba por manipular artificialmente o mercado e se torna prejudicial tanto para as finanças públicas quanto para a iniciativa privada.”