Investidores dos Emirados Árabes Unidos miram o campo brasileiro

Investidores e fundos de investimento dos Emirados Árabes Unidos desembarcaram no Brasil em busca de oportunidades para a aquisição de participações acionárias em empresas do agronegócio brasileiro
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Investidores e fundos de investimento dos Emirados Árabes Unidos desembarcaram no Brasil em busca de oportunidades para a aquisição de participações acionárias em empresas de pequeno e médio portes do agronegócio brasileiro, a embaixadora dos Emirados Árabes no Brasil, Hafsa Al Ulama, disse hoje em Brasília, em evento que marcou o início do road show dos investidores de seu país – promovido pela embaixada e pelo Ministério da Agricultura do Brasil -, que a comitiva ficará dez dias no Brasil e visitará plantas industriais e fazendas em Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal.

O foco principal da missão está nos segmentos de grãos, carnes, açúcar e etanol, lácteos, frutas, alimentos processados, orgânicos e logística. Cada investidor tem potencial para investir de US$ 2 milhões até mais de US$ 50 milhões em atividades ligadas ao agronegócio, segundo o Ministério da Agricultura. “As últimas reformas do governo brasileiro são evidentes na economia, então gostaríamos de participar desse momento. Esta visita é apenas o começo e o potencial de investimento é muito grande”, disse a embaixadora a jornalistas.

De acordo com informações fornecidas pelo ministério, 15 grupos empresariais dos Emirados Árabes e 50 do Brasil participaram hoje de uma rodada de negócios. As companhias sinalizaram interesse em participar do desenvolvimento 62 projetos. Segundo uma fonte do governo brasileiro, depois da Operação Carne Fraca e da delação premiada de executivos da JBS, os árabes não estão demonstrando apetite em investir em agroindústrias brasileiras de grande porte. Conforme Odilson Ribeiro, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, ajudou a despertar o interesse dos árabes a recente viagem do ministro Blairo ao Oriente Médio.

“Nossa expectativa é envolver o maior número possível de empresas dos Emirados Árabes Unidos no projeto do ministério de aumentar as exportações do agronegócio brasileiro até 2020”, disse Odilson. O empresário brasileiro Fábio de Vaz Lima, dono da Peixes da Amazônia, com sede no Acre, vê na aproximação com os investidores árabes uma grande oportunidade para que sua empresa tente levantar os US$ 69 milhões necessários para expandir a atual capacidade de produção de 5 mil para 20 mil toneladas por ano em três anos.