Investimento no solo é receita para aumentar produção de carne

Para especialistas reunidos em evento sobre adubação de pastagens, capim deve ter manejo semelhante ao das principais culturas agrícolas
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Especialistas reunidos no Encontro de Adubação de Pastagens, realizado nesta semana em Ribeirão Preto (SP), alertam para a importância de investir no solo para obter maior rendimento na produção de carne. A recomendação é a de manejar o capim da mesma forma que se faz com as principais culturas agrícolas.

A análise de solo é o primeiro passo para recuperar áreas degradadas. Por meio dela, é possível medir o nível de fertilidade do solo e avaliar qual a necessidade de nutrientes químicos. Com o resultado em mãos, tem início o processo de práticas corretivas.

O engenheiro agrônomo Godofredo Cesar Vitti, da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq-USP), explica que é preciso fazer uso adequado de calcário, gesso e fosfatados em área total. Feito isso, pode-se começar a implantar a pastagem, inclusive fazendo o plantio consorciado com milho, para baratear o processo.

O Brasil possui cerca de 167 milhões de hectares de pastagens, e mais da metade está em estágio avançado de degradação. O custo para recuperar um hectare de pasto varia de R$ 200 e R$ 1 mil. Um investimento alto, mas que valeria a pena.

[su_video url=”http://medias.canalrural.com.br/resources/mp4/0/3/1475018841230.mp4″ poster=”http://medias.canalrural.com.br/resources/jpg/6/1/1475018942216.jpg” title=”Só 1,5% dos fertilizantes vão para as pastagens”]

O diretor da Soma Agro, Joel Hillesheim, calcula que a cultura retorna em torno de 25% sobre o capital investido em período de 18 meses. “Às vezes, você tem a lotação de uma cabeça por hectare por ano; com investimento, isso pode virar duas, cinco, oito cabeças por hectare”, diz.

Outra maneira de recuperar pastagens degradadas é a utilização de sistemas integrados. Existe a possibilidade de trabalhar a pecuária com agricultura e ainda com florestas cultivadas. A escolha varia conforme o objetivo de cada fazenda e o perfil do solo da propriedade.

O pesquisador da Embrapa Cerrado Luiz Adriano Maia afirma que é possível implantar pastagens após o cultivo de soja, milho, sorgo ou outros grãos, em sistema de sucessão ou de rotação. “A própria atividade agrícola pode ser consorciada com pastagens, e em seguida eu tenho um pasto formado, aproveitando esse ambiente favorável e mais corrigido”, afirma Maia.

[su_video url=”http://medias.canalrural.com.br/resources/mp4/5/6/1475017458665.mp4″ poster=”http://medias.canalrural.com.br/resources/jpg/0/4/1475017647340.jpg” title=”Encontro discute formas de salvar áreas degradadas”]