As indústrias frigoríficas mato-grossenses embarcaram 179,389 mil toneladas de carne bovina para o mercado internacional entre os meses de janeiro e setembro deste ano. Volume suficiente para movimentar US$ 701,445 milhões no período. Comparado com igual intervalo do ano passado, a receita comercial das exportações do segmento recuou 13,80% e a quantidade retraiu 2,59%. Dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic) apontam que durante os 9 primeiros meses de 2015 foram comercializadas 184,167 mil toneladas de carne ao valor total de US$ 813,815 milhões. Apesar da redução nas vendas externas, Mato Grosso conserva a segunda posição no ranking nacional de maior exportador da proteína vermelha, com participação de 17% nas exportações do setor, segundo levantamento do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo). São Paulo lidera com participação de 29,5% e 281,732 mil toneladas de carne bovina enviadas para outros países nos 9 primeiros meses deste ano. Sucedem Mato Grosso no ranking os estados de Goiás, com 141,889 mil/t (13,6%), Rondônia, com 104,125 mil/t (10%), Mato Grosso do Sul, com 93,927 mil/t (9%) e Minas Gerais com 71,031 mil/t (6,8%).
Em 2004, Mato Grosso era o 4º principal exportador brasileiro de carne bovina. Passou para a 3ª colocação nacional em 2006 e subiu mais uma posição em 2008 na lista geral dos estados brasileiros exportadores, segundo o Sindifrigo. Com a habilitação recente de novos mercados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a expectativa é elevar as vendas externas a partir de dezembro, puxadas principalmente pelo mercado europeu e as festas de fim de ano, avalia o executivo do Sindifrigo, Jovenino Borges. De acordo com o Ministério, o Brasil poderá receber 15 missões veterinárias de vários países até o final do ano, para inspeção sanitária em estabelecimentos registrados junto ao Mapa.
Sobre a redução no consumo internacional, o executivo do Sindifrigo menciona a influência da Venezuela e Rússia. “São grandes compradores que reduziram. A Venezuela por causa da crise e a Rússia por ser muito instável”.
BRASIL – De acordo com levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as vendas de carne bovina responderam por 37,7% do faturamento do setor de carnes nos 9 primeiros meses deste ano, que movimentou US$ 10,740 bilhões em todo o país.
