Maggi mudará estrutura de fiscalização de frigoríficos

Ideia, segundo contou à coluna o ministro, é simplificar o processo de inspeção do abate e de processamento da carne
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante inspeção a frigoríficos após a Operação Carne da Fraca da Polícia Federal Foto: Carlos Silva/Mapa

O Ministério da Agricultura deve publicar nesta semana uma portaria com mudanças na fiscalização dos frigoríficos. A ideia, segundo contou à coluna o ministro Blairo Maggi, é simplificar o processo de inspeção do abate e de processamento da carne. “Serão várias alterações na estrutura da fiscalização. Os últimos arredondamentos políticos estão sendo feitos.” Na avaliação do ministro, o momento é favorável para mexer na estrutura sanitária, pela necessidade de atacar problemas que surgiram neste ano. Ele se refere à Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, em março, que provocou questionamento da União Europeia, e à suspensão das compras de carne bovina in natura pelos Estados Unidos. Tudo isso trouxe oportunidades para a revisão em procedimentos, diz Maggi.

Contratações. Entre as mudanças já anunciadas pelo Ministério da Agricultura está a contratação temporária de 300 veterinários para fiscalizar frigoríficos. A vacina contra a aftosa, apontada como a causadora de abscessos na carne vetada pelos EUA, também será revista. O Ministério deve enxugar a estrutura da fiscalização, com corte de cargos, muitos deles indicados por políticos. Pode também criar uma corregedoria para investigar possíveis irregularidades praticadas por fiscais.

Vinde a mim. O setor da proteína animal aposta suas fichas no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs) para melhorar a imagem da carne brasileira. O convite à imprensa internacional foi reforçado para o evento que acontece entre 29 e 31 de agosto, em São Paulo. E a resposta já veio: mais de 50 jornalistas estrangeiros confirmaram presença, entre eles correspondentes de China, México e EUA.

Andar de cima. O Itaú BBA está atraindo grandes produtores rurais e estima que sua carteira de crédito vai chegar a R$ 3,7 bilhões no fim do ano, mais que o dobro de 2016. Pedro Fernandes assumiu a diretoria de Agronegócios com a tarefa de elevar a participação do banco no financiamento desses clientes de 17% para 25% em dois anos. Hoje o Itaú BBA atende 300 grandes produtores com faturamento anual superior a R$ 30 milhões, de um universo de 700 com esse perfil no Brasil. Dos R$ 35 bilhões tomados pelos 700, o Itaú BBA emprestou 8,5%.