O frigorífico da Marfrig em Nova Xavantina (a 607 km de Cuiabá) volta a operar hoje (25) com o abate de 90 animais por dia. A unidade conta com 400 funcionários, cujo número pode chegar a 900 para atender a capacidade máxima de abates, de 1,5 mil animais/dia. A empresa confirma a retomada da operação, depois de cerca de 3 anos de paralisação. A reabertura foi anunciada em 3 de julho.
“A decisão foi tomada em função de haver maior oferta de bovinos para abate provocada, sobretudo, pelas características atuais desse mercado na região. A previsão é que a unidade inicie a operação a partir de 25 de julho, e que contribua para a geração total de cerca de 900 novos empregos”, diz a nota.
No último sábado (22), o vice-governador Carlos Fávaro (PSD) esteve no município para conhecer a estrutura do frigorífico. Fávaro destacou que a cidade ganha muito com a chegada da empresa, por meio da geração de empregos e desenvolvimento da região. “A união de esforços está garantindo que a gente avance neste momento de crise que o país e o Estado estão enfrentando, quem ganha com esse esforço conjunto, sem dúvida, é a população”.
De acordo com Maria Ester Tiziani Fava, diretora regional da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), há grande concentração de mercado na região do Vale do Araguaia, porque a JBS é a única empresa e detém 3 plantas em Barra do Garças, Água Boa e Confresa. Avalia que a chegada da empresa aumenta as opções dos produtores. “O impacto é superpositivo na região, afinal de contas teremos novamente uma concorrência e mais uma planta com possibilidade de termos escalas mais curtas. A mais possibilidade de negociar aumenta, tanto na escala, quanto nos valores”.
O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo/MT), Luiz Freitas, afirma que a entidade avalia positivamente o movimento de reabertura de unidades. “E há mais empresas se preparando para reabrir plantas em Mato Grosso”.
Até agora 3 reaberturas estão confirmadas. A planta da Marfrig, o frigorífico Pantanal, em Várzea Grande, que tem previsão de reativação em outubro, com capacidade para abate de 650 cabeças por dia, fechada desde 2010 por inviabilidade de mercado e para evitar a falência financeira da empresa. E o frigorífico Minerva, de Mirassol D’Oeste, que conta com capacidade de abate e desossa de aproximadamente 1,1 mil cabeças por dia e já está em fase de testes e em processo de contratação de funcionários, mas ainda não divulgou a data de reabertura.
