Mato Grosso participa de reunião que discute a erradicação da Febre Aftosa

Representantes dos estados de Mato Grosso, Amazonas, Amapá, Pará e Roraima se reuniram nos dias 10 e 11 de abril, em Manaus (AM) para discutir a erradicação da Febre Aftosa
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Representantes dos estados de Mato Grosso, Amazonas, Amapá, Pará e Roraima se reuniram nos dias 10 e 11 de abril, em Manaus (AM) para discutir a erradicação da Febre Aftosa. A presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Daniella Bueno, participou do encontro representando também o Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa).

Além da presidente do Indea, participaram o coordenador de Defesa Sanitária Animal (CDSA) do Indea, João Marcelo Brandini Néspoli, a responsável pelo Programa Estadual de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa no Indea, Ana Carolina Schmidt, o diretor-técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi (Acrimat) e o médico veterinário da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Igor Queiroz, que também são membros da Equipe Gestora do Plano Estratégico Estadual do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa 2017-2026.

O encontro teve como objetivo alinhar as ações para a retirada da vacinação contra febre aftosa, que envolve a participação de todos os agentes, entre governos e iniciativa privada. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou os relatórios das auditorias realizadas nos estados do Bloco II e as diretrizes do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada total da vacinação no país até 2023. Os estados do Bloco II devem realizar a última vacinação em maio de 2020.

Mato Grosso, que pertence ao Bloco V (a última vacinação está prevista para maio de 2021), foi convidado a participar do encontro em razão da divisa com estados pertencentes ao Bloco II. Na ocasião foram apresentados os limites geográficos e um estudo de trânsito de animais entre Mato Grosso e o Pará. Só na região de fronteira com o Pará, são cerca de 10 municípios mato-grossenses, alguns com barreiras naturais que impedem o trânsito de animais, porém, a maioria com barreira seca e permeabilidade de trânsito.

A responsável pelo Programa Estadual de Prevenção e Erradicação de Febre Aftosa, Ana Carolina Schmidt, apresentando os limites geográficos e o estudo de trânsito de animais entre MT e PA

De acordo com a presidente do Indea, Daniella Bueno, o Ministério da Agricultura irá avaliar as particularidades da região limítrofe entre Mato Grosso e o Pará. “Todas as informações apresentadas foram repassadas ao Ministério de Agricultura, que deve agora, compilar todos esses dados e agendar uma próxima reunião onde será definido se parte de Mato Grosso irá entrar como zona livre de febre aftosa sem vacinação junto com os estados do Bloco II, assim como já está em avaliação a composição de parte de Mato Grosso com o Bloco I”.

Mato Grosso faz divisa com estados que pertencem aos Blocos I, II e IV e por isso é convidado a participar das discussões. Daniella avalia a reunião como produtiva. “Conseguimos demonstrar todas as particularidades que envolvem o processo de transição do status sanitário. No início de maio teremos uma reunião com a Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará), para discutirmos as particularidades da nossa divisa, identificar as vias de acesso e o georreferenciamento das propriedades. Apresentaremos esse levantamento ao Mapa, para definirmos as ações de cooperação na região de fronteira entre os dois estados”.

Blocos

Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) prevê a retirada total da vacinação no país até 2023. Os estados foram divididos em cinco blocos pecuários para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.