Exportação de carne bovina supera restrições

Estados Unidos acabam de liberar as importações de carne termoprocessada de cinco frigoríficos brasileiros que estavam embargadas em razão de problemas com o rompimento de embalagens
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Os Estados Unidos acabam de liberar as importações de carne termoprocessada de cinco frigoríficos brasileiros que estavam embargadas em razão de problemas com o rompimento de embalagens. Por causa do problema, esses frigoríficos foram inspecionados por técnicos americanos. A liberação vigora já neste mês, como informou o Ministério da Agricultura. Com essa decisão, pouco a pouco, vão sendo superadas as restrições externas quanto à qualidade da carne bovina produzida no País e destinada em grande parte à exportação.

Com a repercussão negativa da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada em março, que ensejou mal-entendidos aqui e no exterior, vários países enviaram técnicos ao Brasil para verificar in loco como é o processamento da carne em frigoríficos diversos. Feita a inspeção, a importação do produto brasileiro vem sendo liberada. O ministério espera que, dentro em breve, seja também liberada a venda de carne in natura para o mercado americano, como resultado de avaliação de documentos técnicos enviados a Washington pelo governo brasileiro.

As vendas externas de carne bovina, fresca, congelada ou refrigerada, vão indo muito bem. De janeiro a agosto deste ano, as exportações de carne atingiram US$ 3,14 bilhões, registrando um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2016 (US$ 2,89 bilhões). Com isso, a carne bovina já integra o grupo dos dez produtos mais exportados pelo País.

O potencial do setor pecuário permite avançar ainda mais, fortalecendo a posição do País como um dos maiores fornecedores de proteína animal do mundo. Levantamento há pouco divulgado pelo IBGE dá conta de que o rebanho bovino brasileiro alcançou 218,2 milhões de cabeças em 2016, o maior patamar já registrado pela Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), realizada anualmente.

O Centro-Oeste continua figurando como a maior região criadora de gado, sendo responsável por 34,4% de todo o rebanho, tendo apresentado um crescimento de 3,3% em 2016 na comparação com o ano anterior. Na região, avulta o rebanho do Estado de Mato Grosso, que equivale a 13,3% do total nacional.

Os bons preços da carne afetaram a produção de leite, que teve uma retração de 2,95%, ficando em 33,62 bilhões de litros. Pode-se supor que essa queda ocorreu em razão do abate de matrizes.