A exportação de carnes à Arábia Saudita tem chance de crescer. O país pretende ampliar as relações comer- ciais com o Brasil e uma visita técnica foi agendada para a 1a semana de maio, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A relação poderá contemplar Mato Grosso, que ampliou em 65,5% as vendas de carnes (total) ao país árabe no ano passado. Em 2017 foram negociados US$ 62,362 milhões em carnes à Arábia Saudita, mais que os US$ 37,679 milhões de 2016.
Do total encaminhado em carnes ao país árabe, 62% são de carne bovina, que somou US$ 38,695 milhões em 2017. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos (Sindifrigo/MT), Luiz Freitas, o estreitamento das relações comerciais com o país árabe poderá ampliar a quantidade de plantas habilitadas a exportar para este mercado. “Hoje há cerca de 14 unidades habilitadas a exportar com a técnica halal em Mato Grosso e cerca de 10 já vendem ao país. Mais 4 unidades poderão ser beneficiadas”, prevê. Segundo Freitas, cerca de 20% da produção bovina são enviados ao mercado externo, enquanto 80% são consumidos no país.
Além das exportações de carne, os produtores de Mato Grosso também poderão ampliar espaço para a comercialização de bovinos vivos. Segundo o Mapa, a missão técnica realizada em maio terá como objetivo a habilitação do Brasil na exportação do produto. No ano passado, as exportações de bovinos e bubalinos vivos somaram US$ 80,423 mil em Mato Grosso, com o envio de 21,4 toneladas em produtos, segundo o sistema Agrostat, do Mapa.
“A exportação do animal vivo representa a ratificação do nosso status sanitário, porque a maioria das doenças são transmitidas por animal vivo. Isso significa que o país reconhece que temos um sistema sanitário muito bom. E Mato Grosso tem um potencial produtivo grande, com o maior rebanho bovino do país”, ressalta Francisco Manzi, diretor técnico da Associação dos Cria- dores (Acrimat).
