O milho é uma das principais fontes de suplementação bovina, com isso a análise da relação de troca entre o boi gordo e o ingrediente é de extrema importância, e nesse sentido observa-se um panorama animador para quem precisa adquirir milho. Atualmente, com o preço do grão em franca desvalorização, a relação de troca atingiu o maior valor desde fevereiro de 2016, ficando em 5,36 sc/@, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ainda assim, há indicativos de um futuro ainda menos oneroso, visto que os produtores de milho já começaram a negociar suas produções que serão colhidas apenas em julho. Com as expectativas de elevada produção, os valores dos contratos a termo firmados estão em torno de R$ 16,00/sc, e mesmo que o preço da arroba chegue a R$ 120 até julho de 2017, a relação de troca ficaria em 7,5 sc/@. Dito isso, conclui-se que este é um momento oportuno para o pecuarista analisar a viabilidade da suplementação, prevenindo-se assim de possíveis riscos (quebra de safra)
Chuvas – O Imea vem acompanhando o regime pluviométrico em MT, visto que as chuvas ditam as condições das pastagens, e, nesse sentido, nota-se que as precipitações para o pasto em 2017 estão maiores do que as de 2016.
Para se ter uma ideia, em todas as cidades analisadas, o volume pluviométrico foi ao menos 100 mm maior do que no período anterior, e já há relatos de pecuaristas que indicam uma melhor oferta de pasto.
As chuvas são grandes aliadas dos produtores, mas, em excesso, podem encharcar o solo, causando a perda da forragem, pioram as condições das estradas para escoamento dos animais e provocam incidência de pragas como a cigarrinha, que em algumas cidades já vem registrando sua presença.
Além de um início de ano com mais precipitações, nota-se que elas não devem cessar e a Somar Meteorologia prevê um fevereiro também mais chuvoso em 2017 do que em 2016.
Fonte: Imea