Novo status sanitário abrirá mercado para a carne

Reconhecimento da OIE deverá ampliar o número de países consumidores do produto brasileiro
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

O reconhecimento do Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, nesta terça-feira (20).

A “chancela” do órgão é considerada um avanço para a pecuária de corte, já que o reconhecimento é capaz de abrir novos mercados à carne brasileira. “A OIE informou ao governo brasileiro através do Mapa que aceitou a nossa proposta para declarar o Brasil livre de febre aftosa com vacinação. Isso é um pleito antigo, são mais de 60 anos de lutas de vários governos e lideranças da pecuária nacional que trabalharam muito para chegar neste processo. E eu, como ministro da Agricultura, estou extremamente feliz”, ressaltou Maggi em uma rede social. Segundo o ministro, entre os dias 20 e 25 de maio haverá uma reunião na OIE que irá sacramentar esse reconhecimento. O evento contará com a participação dele e do residente da República, Michel Temer. “A partir daí estaremos trabalhando para tornar o Brasil livre da febre aftosa sem vacinação, que será o grande salto da pecuária brasileira”, destacou o ministro. A retirada da vacina está programada para
acontecer a partir deste ano e será realizada em etapas. Mato Grosso está dentro da última etapa e deverá retirar com-
pletamente a vacinação a partir de 2021.

Para Paulo Bellincanta, vice-presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo/MT), o principal avanço para a economia estadual e do país ocorrerá quando houver o reconhecimento como território livre da febre aftosa sem a vacinação. “Isso sim dará novo rumo à pecuária, porque mesmo com a vacinação já conseguimos conquistar mercados que outros não conseguiram”.

O diretor técnico da Associação dos Criadores (Acrimat), Francisco Manzi, acredita na abertura de novos mercados já com o reconhecimento de todo o país como livre da febre aftosa com a vacina. “O Japão, por exemplo, afirma que não compra a carne
com a vacina, mas o Uruguai já consegue exportar para eles, mesmo fazendo a vacinação. Isso nos abre a possibilidade de abertura a este mercado”, avalia.