Pecuaristas de MT pedem isenção de ICMS para abater gado de outros estados

Operação Carne Fraca e delação dos executivos da JBS abalaram o setor no estado. MT tem o maior rebanho bovino do país.
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Os pecuaristas de Mato Grosso estão preocupados com o reflexo na economia do setor. A agropecuária no estado ainda sente reflexos da Operação Carne Fraca e da delação dos executivos do grupo JBS. Depois da operação, a arroba sofreu desvalorização de até 10% em alguns casos, além disso, a delação dos empresários criou um clima de preocupação. A empresa detém 50% dos frigoríficos que atuam em Mato Grosso.

Com o maior rebanho bovino do país, Mato Grosso tem aproximadamente 30 milhões de cabeças de gado. Neste ano já foram abatidos 1 milhão 440 mil animais. O setor tem presença garantida no resultado da balança comercial e reflexo direto no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB)

A associação que representa os criadores de mato grosso, a Acrimat, decidiu recorrer ao governo do estado e protocolou duas propostas. Uma delas pede a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para abater animais em outros estados.

“Nós queremos a alíquota zero para o ICMS do gado vivo para operações de outros estados, por conta dessa medida unilateral que as indústrias tomaram de não comprar mais gado à vista em Mato Grosso. Já que a indústria não quer dar o direito ao pecuarista de comercializar os animais à vista, o estado [deve] entender a dificuldade que o setor enfrenta, [até] e a possibilidade de nós abatermos nossos animais em outros estados até que as indústrias revejam esse posicionamento”, afirmou o diretor executivo da Acrimat, Luciano Vacari.

Atualmente o pecuarista precisa pagar 7% de ICMS, além do frete para fazer o abate em estados vizinhos. Para o governo de Mato Grosso, a proposta é uma possibilidade.

“É uma hipótese que vai ser analisada pelo governo, estamos conversando com várias outras redes de frigoríficos, para que eles venham para o estado, temos mais de 20 plantas habilitadas com inspeção federal que não estão operando, que poderiam rapidamente voltar em operação nas mãos de outras redes frigoríficas ou outros empresários”, declarou o secretário de desenvolvimento econômico do estado, Ricardo Tomczyk.

O sindicato que representa os frigoríficos se manifestou por meio de nota e disse que é necessário ter cautela porque a isenção do imposto poderia desestimular as indústrias do estado.