Pesquisadores já estão em campo para o Censo Agropecuário 2017

Objetivo é descobrir o que, em uma década, mudou nas atividades rurais do Brasil. Censo vai passar por 5,3 milhões de propriedades agropecuárias.
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Divulgação

Pesquisadores já estão em campo para descobrir o que, em uma década, mudou nas atividades rurais do Brasil. Eles participam do Censo Agropecuário 2017.

O que começa a ser desenhado é um mapa do Brasil rural em números e detalhes. Qual é a produção agrícola do país? Quantos rebanhos? Que tipos de animais são criados? Quem são os agricultores e pecuaristas e como eles trabalham?

Dezenove mil recenseadores do IBGE começaram, no domingo (1º), uma coleta digital dos dados, que vai até fevereiro. O censo vai passar por 5,3 milhões de propriedades agropecuárias.

“É uma atividade da mais alta importância não só para o IBGE, mas principalmente para o país. O agronegócio influencia de maneira definitiva e muito profunda a todo desempenho da economia brasileira”, disse o ministro do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira.

O IBGE não vai fazer distinção do tamanho da área, pode ser qualquer pedaço de terra. O que importa é a produção agrícola e a criação pecuária, para sustento da família ou para o comércio. E o censo já constatou uma tendência: pequenos sítios, onde pais e filhos plantam e colhem para vender em feiras da região. É o crescimento da agricultura familiar.

José Renato e o filho Ronaldo cuidam das pequenas plantações de frutas e legumes e da produção de mel, na zona rural do Rio. “O IBGE para mim é muito importante. Ele vai nos mostrar que nós existimos, porque é considerado que nós não existimos aqui”, afirmou o agricultor José Renato Ferreira.

No interior de Sergipe, o IBGE está encontrando outro traço da agropecuária brasileira. Mulheres à frente da agricultura. A Delma capina, planta, cuida das hortaliças. “É muito importante o censo, porque eles estão vendo o nosso trabalho e como a gente faz”, disse.

O censo também quer descobrir quantos vivem na cidade e trabalham no campo. O escritório do Leomiro Costa é ao ar livre: uma fazenda a 30 km de Sorriso, Mato Grosso. “É o que eu sei fazer e gosto, então a gente faz com amor e vamos continuar nessa profissão aí”, disse o gerente da fazenda.

O censo vai valorizar e dar visibilidade a brasileiros que nem pensam em tirar as mãos da terra. “A importância é razoavelmente simples. Se eu não tenho informação, eu não consigo fazer política pública, eu não consigo saber como é que é esse meu país. Eu não consigo pensar um país”, declarou o presidente do IBGE, Roberto Olinto.