Presidente da Acrinorte comemora calendário da aftosa e cobra nova composição da vacina

O presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), Invaldo Weis, comemorou a mudança no calendário de vacinação contra a febre aftosa no Estado

INVALDOO presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), Invaldo Weis, comemorou a mudança no calendário de vacinação contra a febre aftosa no Estado. Para ele, a cobrança dos pecuaristas é antiga e trará diversos benefícios. “É muito bem-vinda, porque facilita nosso trabalho. Mês de novembro chove muito, então conseguimos escapar deste período. Era algo que vinha sendo questionado há muito tempo e sempre os órgãos se colocavam acima da nossa vontade. Finalmente conseguimos reverter”, disse ao Agronotícias.

Invaldo, por outro lado, defendeu mudanças na composição da vacina. Segundo ele, o material a base de óleo utilizado atualmente causa “abcesso” nos animais (espécie de caroço que se forma após a aplicação da vacina). “Dá forma como é, continua a gerar certo prejuízo. Antigamente era utilizada uma vacina a base de água. Ainda não sei porque aboliram. Com a composição atual do medicamento, acaba causando um hematoma no animal que, às vezes, continua até dois anos após a vacinação. O frigorífico é obrigado a retirar aquela parte da carne e se tem uma perda de até 1,5 quilo”.

Conforme Agronotícias já informou, a partir do ano que vem, haverá uma inversão do calendário: em maio, todos os bovinos e bubalinos deverão ser imunizados contra a doença. Já em novembro, a obrigatoriedade será apenas para os animais com até 24 meses. A mudança atende a uma reivindicação do setor produtivo e ajudará no manejo do rebanho, numa época mais favorável à produção de bezerros.

Em novembro deste ano, no entanto, a vacinação ainda permanecerá a mesma, ou seja, todos os animais precisam receber a dose da vacina. No Baixo Pantanal de Mato Grosso, o calendário continua inalterado: todos os bois e búfalos devem ser imunizados no período de 1º de novembro a 15 de dezembro. O Ministério da Agricultura autorizou a mudança e o governo de MT deverá agora regulamentá-la para passar a valer em 2017.

A assinatura do protocolo de inversão foi feita pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o governador, Pedro Taques, na última semana.