Se o consumo de carne bovina em geral vem registrando queda em 2017, o de “gourmet”, vai muito bem. As associações de raça que trabalham com programas de carne certificadas são unânimes em dizer que, para esse mercado, a demanda é crescente e falta produto. O tema foi pauta do Campo em Debate, realizado nesta segunda-feira (28) por Zero Hora na Casa RBS, durante a 40ª Expointer, em Esteio.
“As pessoas reduzem o número de vezes que consomem carne, para poder comer uma carne de excelência. O consumidor encontra a segurança de ter algo a mais, e esse produto de qualidade independe da faixa de renda”, afirma Fábio Medeiros, gerente do programa Carne Angus Certificada.
Betty Cirne-Lima, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon (ABDC) ressaltou que a produção da carne premium ainda não é suficiente para atender à procura crescente por um produto mais selecionado. A entidade acaba de lançar o selo de carne certificada, com aval do Ministério da Agricultura:
Fernando Lopa, CEO da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), avaliou que a estratégia para atender esse mercado de carnes certificadas é fortalecer a marca da qualidade e entregar “um produto cada vez mais diferenciado ao consumo”.
“Aumentar a adesão das indústrias aos protocolos de certificação é nosso maior desafio. Elas ainda são resistentes e não se abrem ao processo. Não têm entendimento do quanto podem ganhar com esse novo nicho.”
Fonte: Zero Hora, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.