Produtores e indústria buscam se aprimorar

Com mercados cada vez mais exigentes, é preciso se esmerar para atender a demanda nacional e mundial
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32131Não é novidade os mercados da carne bovina estão cada vez mais exigentes, principalmente no que diz respeito à qualidade da carne. Dessa forma, tanto produtores como a indústria têm que se reinventar para atender essa nova demanda nacional e também mundial. Com um rebanho comercial estimado em 29,5 milhões de bovinos, o maior do país, Mato Grosso ainda tem potencial para ampliar a produção e exportação de carne bovina. O Estado será o responsável por 25% das exportações da proteína vermelha para os Estados Unidos. Isso porque foram estabelecidas cotas de importação para os países aptos a vender aos americanos.

Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil faz parte da cota dos países da América Central, que é de 64,8 mil toneladas por ano, com tarifa de 4% ou 10%, dependendo do corte da carne. Fora da cota (sem limite de quantidade), a tarifa é de 26,4%.

Os Estados Unidos são os maiores produtores e consumidores de carne bovina in natura do mundo. O Brasil é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador. No primeiro semestre deste ano, as vendas externas brasileiras chegaram a US$ 2,22 bilhões (ou 571,5 mil toneladas). No período, os maiores compradores foram Hong Kong, China, Egito, Rússia e Irã.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Ricardo Tomczyk, pontua que a abertura do mercado norte-americano representa o passaporte definitivo da carne mato-grossense para o resto do mundo. Conforme o secretário, um mercado internacional maior e qualificado, demanda mais a produção mato-grossense, o que agrega ainda maior valor ao nosso produto.

Durante a 9ª Conferência Internacional de Pecuaristas (Interconf), que aconteceu recentemente em Goiânia (Go), além de questões referentes a importação e exportação, também foram discutidos necessidades e desejos do consumidor, entre outros assuntos.

Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria e presidente da Associação dos Profissionais da Pecuária Sustentável (APPS), foi palestrante do painel sobre mercados e falou sobre o fato do Brasil produzir ao torno de 9,5 milhões de toneladas de carne bovina por ano, sendo 3,7 milhões de toneladas de cortes dianteiros; 4,6 milhões de toneladas de cortes traseiros e 1,23 milhão de tonelada de ponta de agulha. Ele pontuou a questão de como comercializar esses volumes da melhor maneira possível com rentabilidade e diversificação.312321312

O Brasil exportava apenas para 50% do mercado comprador mundial e com a entrada dos EUA, ampliou o potencial de vendas, atraindo assim outros países.

O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Luciano Vacari, reforça que o acesso ao mercado norte-americano possibilita uma abertura de novos canais de venda e a chegada a mais destinos dos produtos brasileiros. Criado em fevereiro de 2016, o Imac tem o objetivo de promover a carne bovina e atestar a qualidade do produto. Mato Grosso é o primeiro Estado brasileiro a ter um órgão com esta finalidade.

Os principais destinos da carne in natura brasileira são Rússia, Hong Kong, Venezuela, Egito e Chile, responsáveis por aproximadamente 72% do valor em vendas de carne para o exterior, que chega na casa de US$ 5.354.696.

Já os principais destinos da carne industrializada são Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Holanda e Itália. A exportação desses produtos alcançou, em 2013, US$ 662.366, valor consideravelmente menor que o alcançado com as vendas de carne in natura. No entanto é preciso ressaltar que o preço pago por tonelada desses produtos é ligeiramente maior que o pago na carne in natura.