Projeto inovador

O pecuarista da Estância Celeiro aposta em posta em cortes especiais
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Cairo Lustoza/Divulgação

Um projeto inovador e de sucesso está sendo desenvolvido em Mato Grosso há alguns anos. Trata-se da Celeiro Carnes Especiais, que iniciou suas atividades oficialmente como Estância Celeiro, em meados de 2007, por iniciativa do pecuarista Marco Túlio Duarte Soares, atual presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Inicialmente, o projeto visava dar vazão à produção de cordeiros de sua propriedade em Pedra Preta, que anteriormente atendia sob sistema de encomendas, a um grupo de amigos e alguns restaurantes de Rondonópolis. Hoje, o projeto está voltado para o consumidor que quer um produto diferenciado. “Já nascemos com este objetivo de atender nichos de mercado, nosso objetivo nunca foi ser o maior, mas sim o melhor em termos de novos cortes e com um produto diferenciado”.

O empresário diz ainda que a Estância Celeiro nasceu para inovar com excelência e abriu o mercado com cortes especiais de cordeiro, cuidando desde a seleção dos animais, observando idade, sanidade e genética, até a apresentação final e embalagem de todos os produtos. Em 2010, já com Sise (Serviço de Inspeção Estadual), iniciou a produção de carnes bovinas, seguindo o mesmo padrão de qualidade. Assim, foi lançada a primeira linha de carnes bovinas, chamada Euro, trazendo uma seleção de mais de 20 cortes de linhagem europeia (Angus e Hereford), com garantia e certificação de origem.

Já em 2011, foi lançada a linha América proveniente do abate de fêmeas precoces da raça Nelore e demais raças zebuínas. “Hoje, trabalhamos com abate de fêmeas precoces. Explicando um pouco melhor como funciona: um pecuarista que produz, por exemplo, dois mil bezerros por ano, geralmente tem 50% de machos e a outra metade fêmeas. Dessas, de 20% a 30% não atingem o nível esperado de prenhez e acabam tendo que ser utilizadas para a reposição, são essas as fêmeas precoces que adquirimos. Porém, com o diferencial de pagarmos um melhor preço para este produtor”, detalha.

Marco Tulio diz ainda que os grandes frigoríficos, nos últimos anos também estão se atentando ao trabalho com cortes diferenciados e animais precoces, o que ele já faz há 10 anos. “Além das grandes indústrias, também surgiram outras empresas trabalhando com o mesmo modelo, mas isso é bom para o mercado e para os consumidores”, avalia o empresário.

Conforme Fábio da Silva, gerente de projetos da Acrimat, já faz alguns anos que a entidade trabalha junto aos criadores nessa questão da qualidade da carne. “Trata-se de uma tendência mundial. Hoje, os consumidores vão às gôndolas dos supermercados e quando pegam os cortes de carnes, querem saber se está especificado a origem do animal, se foi criado a pasto ou confinado, entre outras informações. Em função disso, temos que estar atentos, pois muitos países saíram na frente nessas questões e temos que nos adequar o mais rápido possível”.

Segundo ele, a Acrimat tem trabalhado na troca de informações com os pecuaristas, compartilhando informações, bem como realizando cursos e ações.