Apesar de o preço da arroba do boi gordo encerrar o 1o semestre com desvalorização, a maioria dos cortes no varejo em Cuiabá registrou majoração. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada no preço médio é de 1,67%. A variação de junho para julho chega a 1,22%. Pesquisa de preços do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e divulgada na segunda-feira (16), mostra que 10 dos 16 cortes avaliados estão mais caros nos açougues da Capital, tanto em comparação com julho de 2017 quanto em relação a junho deste ano.
Conforme dados do Imea, as maiores altas mensais foram na picanha (5,11%), maminha (4,79%) e coxão mole (2,98%). Em comparação com o mês anterior, houve queda na alcatra (-1,94%), patinho ( 1,21%), fraldinha (-0,80%), lagarto (-2,83%) e paleta (6,15%). Nos últimos 12 meses destacam-se os aumentos no lagarto (8,15%), filé mignon (7,75%), contra filé (5,75%), fraldinha (4,75%) e coxão mole (4,85%). No período ficaram mais acessíveis aos consumidores o acém (4,18%), maminha (-4,46%), músculo (-3,23%), paleta (2,86%) e alcatra (-1,46%). No atacado, todos os cortes encareceram em 12 meses, de 3,85% a 6,27%.
Apesar disso, a cotação do Imea revela tendência de barateamento ao consumidor final, já que comparado com junho todos os cortes estão mais baratos no atacado. Esse movimento de redução na ponta da cadeia é considerado pelo consultor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Amado de Oliveira.
Segundo ele, na entressafra na bovinocultura de corte, com diminuição das pastagens, os pecuaristas enviam mais animais para o abate e a oferta de carne aumenta. Para a consumidora Maria Lúcia Almeida, 42, os preços estão estáveis. “Comprei coxão mole ontem e paguei R$ 22 (kg). Não percebi diferença sobre a última compra”.
