Rastreabilidade é aliada para a qualidade

Cumprindo todos critérios, a carne ganha o selo de qualidade
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), rastreabilidade é o sistema que registra a “vida pregressa” dos produtos, possibilitando o conhecimento dos possíveis perigos à saúde coletiva aos quais os produtos foram expostos durante a produção e distribuição. A origem dos insumos e matéria-prima também pode ser registrada no sistema. Já o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), também desenvolvido pelo Mapa, tem a função de controlar todo o processo de produção da carne no país. Assim, dependendo dos resultados do processo da rastreabilidade é possível aplicar medidas preventivas e certificar que os produtos considerados “impróprios” sejam retirados de circulação.

Segundo o Mapa, a indústria deve respeitar os princípios da rastreabilidade, pois o serviço dá notoriedade à origem dos produtos auxiliando tanto compradores quanto fornecedores a melhorar a relação produtor/ consumidor. Em Mato Grosso foi criado o Instituto Matogrossense da Carne (Imac), sendo a rastreabilidade um dos 4 critérios específicos para atestar a qualidade da carne produzida em território estadual, por meio do selo “Carne de Mato Grosso”, que garante ao consumidor a qualidade do produto e que o mesmo cumpriu exigências socioambientais. O Imac é o 1º instituto para tal finalidade no Brasil e o 6º do mundo, instituído por meio da Lei 10.370/2016, formatado no exemplo do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (Inac).

Hoje, Mato Grosso possui um rebanho de 30,230 milhões de cabeças de gado e é líder em abates, levando cerca de 5 milhões de cabeças ao ano para as indústrias frigoríficas. De acordo com Luciano Vacari, até então presidente do Imac, já que o diretor de Operações da entidade, Wagner Bachim, assumiu recentemente a direção, o instituto conta com 4 critérios específicos, com a rastreabilidade possibilitando a comprovação da origem dos animais. Vacari explica que a rastreabilidade do animal é realizada através da Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica, nota fiscal e marca fogo do proprietário nos animais. Os demais critérios tratam do cumprimento de indicadores socioambientais, em que o proprietário precisa comprovar o cumprimento das legislações trabalhistas e ambientais e a inscrição da propriedade junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Outro critério diz respeito às unidades frigoríficas, onde os animais serão abatidos, que precisam conter o sistema estadual de pesagem.