Receita 2018 deve ser recorde em MT

Conforme dados do Imea, a produção agropecuária e de floresta deve passar de R$ 65 bilhões, cifras que se confirmadas, serão históricas para o Estado
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A receita gerada pela produção agropecuária de Mato Grosso em 2018 deverá crescer 2,5% na comparação com 2017, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com o faturamento passando de R$ 63,52 bilhões para R$ 65,14 bilhões.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) – que afere o ganho de receita dentro das propriedades – se confirmado, será recorde dentro da série histórica do Imea iniciada em 2012. Essa atualização demonstra ainda um avanço maior, de 3,1%, quando comparadas a primeira e esse segunda estimativas para 2018. O ganho anual de 2,5% se refere aos valores de receita apurados pelo sétimo levantamento do ciclo agropecuário 2017 ante os dessa segunda avaliação de perspectivas para 2018. As estimativas (2017 e 2018) fazem parte da atualização realizada pelo órgão e divulgada ontem.

As revisões positivas nas estimativas para as culturas de soja, milho e algodão foram uns dos principais fatores para esta elevação, bem como a maior perspectiva de abate no setor de aves para o ano. Os analistas do Imea chamam à atenção também para a performance de outras culturas e atividades – na comparação entre 2017 e 2018 – como o algodão (+18,9%) no segmento da agricultura e a bovinocultura de corte (+9,7%) no segmento da pecuária. “No caso do algodão, a alta se deu devido à revisão para cima da estimativa de produção de pluma e caroço na safra 2017/18, enquanto que na bovinocultura de corte a perspectiva é de maior abate e de preços melhores na média anual, se comparados aos preços recebidos pelo produtor rural no último ano”, apontam.

Em relação à soja, cultura que possui maior representatividade no VBP estadual – representando sozinha 49% do VBP agropecuário – é esperada uma leve queda de 2,1%, pois os preços praticados na comercialização desta safra vêm se apresentando ligeiramente menores até o momento quando comparados aos preços da safra passada.

Para avaliação do VBP o Imea considera as seguintes atividades e ‘grupos’: soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, produtos florestais e lenha, e, girassol. Todas essas integram o VBP Agricultura e Floresta, ‘grupo’ que deverá somar receita de R$ 50,12 bilhões, ou 1,3% a mais que o apurado no ano passado, e 77% do total de R$ 65,14 bilhões da receita prevista para 2018.

Já o restante do VBP vem do ‘grupo’ pecuária, formado pela bovinocultura, avicultura, suinocultura e leite, respondendo por 23% do total do VBP estadual de 2018, ou, R$ 15 bilhões.

De todas as atividades, na comparação anual, apresentam perdas de VBP a soja (-2,1%), cana (-10,1%), arroz (-19%), suínos (-5,4%) e leite (-7,2%), todas as outras apresentam ganhos sendo os maiores deles para o algodão (18,9%) e a bovinocultura com outros 9,7%.

Na relação produção e preço para 2018, o Imea mostra as estimativas para cada atividade. Por exemplo, a soja deverá ter aumento de 1,7% na produção (volume de grãos), mas deverá contabilizar queda de 3,7% no preço. O milho -14,9% de produção e +22,1% no preço. O algodão em pluma, +20,9% em volume, sem ganhos em preços. A cana, -1,4% em produção e -14,5% no preço. O arroz, -23,6% em produção e +5,9% em preço.

Na pecuária as estimativas são, por exemplo, de ganhos para o boi, 3,9% e 5,4%, respectivamente em produção e receita e de 2,9% e de -8,3%, respectivamente, para suínos.

2017 – Na atualização da sexta estimativa para 2017 houve uma estabilização sobre o VBP com variação de -0,3% perante a quinta estimativa. O valor total foi de R$ 63,52 bilhões com as maiores mudanças observadas nos setores de arroz e aves, ambos em queda devido aos preços mais baixos praticados nos últimos três meses.

O Imea vem consolidando há seis trimestres o VBP do ano de 2017.