Uma proposta ao governo egípcio, apresentada pelo secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, apresentou a implantação de um programa piloto de certificação eletrônica para a venda de carnes brasileiras ao Egito, o que deve alavancar as exportações do produto para o país africano.
A proposta faz parte do plano de desburocratização e modernização do Mapa e foi desenvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) e pela Universidade de São Paulo (USP). O Egito será o primeiro país a implantar o sistema eletrônico a ser levado a outros países importadores de carne bovina do Brasil.
Novacki se reuniu nesta última segunda-feira (3), com o ministro de Abastecimento de Alimentos e Comércio do Egito, Ali Meselhy, e o chefe do comitê responsável pela análise e autorização de exportações de alimentos. O governo egípcio entendeu que o programa de certificação eletrônica vai permitir a desburocratização nos processos de exportação de carnes com consequentes ganhos para toda a cadeia produtiva.
Em Mato Grosso
Em Mato Grosso, maior Estado com o número de bovinos e bubalinos do país, o portal Leiagora buscou a opinião do presidente do Instituto Mato-grossense de Carnes (Imac), Guilherme Nolasco, afirmando que o trabalho desempenhado pela secretaria de relações internacionais e do secretário executivo Eumar Novacki, assim como do ministro Blairo Maggi, é de “extrema importância” para abertura de novos mercados para os produtos brasileiros.
“É uma nova abertura de mercado para a carne brasileira. Os mercados árabes são grandes compradores de carne, assim como o Iran, Egito e a Arábia Saudita, por isso é extremamente importante a presença do Brasil nestes locais, vendendo nossos produtos e mostrando a segurança da nossa defesa sanitária. Enfim, mostramos nossa tecnologia e todo o nosso investimento em nossas indústrias. O Brasil é é este grande produtor de commodities, principalmente carne, e por isso temos que ir no mundo globalizado e competitivo para vender os nossos produtos”, disse o presidente.
Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a possibilidade no aumento das exportações de carne para o Egito demonstra o reconhecimento da qualidade e do sistema sanitário brasileiros, principalmente pelo fato do Egito ser o quarto maior importador da carne brasileira. “Com a certificação eletrônica para a venda, a burocracia é menor e agiliza a comercialização com um país que já se destaca e com o qual o Brasil tem boa relação comercial. Somente em 2017, exportamos 146 mil toneladas de carne para o Egito, o equivalente a U$ 519 milhões. É um mercado importante e acreditamos que há espaço para estreitamros ainda mais”, afirma o presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares.
Emirados Árabes
Nos Emirados Árabes Unidos, reuniões realizadas no domingo (2), com a Apex-Brasil, agência que promove produtos e serviços brasileiros no exterior e atrai investimentos estrangeiros, e com representantes consulares e do setor privado serviram para prospectar oportunidades de comerciais em um ambiente de negócios favorável por sua condição de centro logístico de referência na região. No ano passado, as exportações agropecuárias brasileiras para os Emirados Árabes Unidos somaram US$ 1,63 bilhão, concentrados no complexo sucroalcooleiro (53,38%) e carnes (39,12%).
