Sarney Filho quer aperfeiçoar dados coletados pelo CAR

Ele também se mostrou favorável à possibilidade da venda de terras brasileiras a estrangeiros
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O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, almoçou nesta terça, dia 31, com deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Ele se mostrou favorável à possibilidade da venda de terras brasileiras a estrangeiros e disse que quer aperfeiçoar dados coletados pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O Código Florestal foi o tema principal do encontro entre os parlamentares e o ministro. Sarney Filho disse que deve organizar uma reunião em cerca de duas semanas com todos os secretários de meio ambiente do país. Segundo ele, o objetivo é aperfeiçoar os dados coletados pelo cadastro ambiental rural.

“Eu fiquei muito decepcionado quando que vi que o CAR estava se transformando apenas numa estatística, tinha muita sobreposição. A região Norte já tem mais de 100% de áreas cadastradas, então alguma coisa estava errada. Nós vamos corrigir essas coisas e a participação dos estados faz parte disso”, salienta.

O ministro também falou sobre as propostas que tramitam no Congresso Nacional e permite a venda de terras brasileiras a estrangeiros. O assunto voltou à tona depois que o presidente interino Michel Temer se mostrou disposto a rever uma portaria da Advocacia Geral da União, que impõe restrições a esse tipo de operação.

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“Acho que o Brasil não depende mais desse tipo de coisa atualmente. O que nós defendemos é que, seja brasileiro ou estrangeiro, respeite a nossa legislação e faça um desenvolvimento sustentável. Essa, para mim, não é a questão principal”, disse.

O presidente da FPA e deputado Marcos Montes, é autor da proposta sobre o tema no Congresso Nacional. Mas com o posicionamento do novo governo, pode ser que os planos de votação mudem.

“Meu projeto, que está em regime de urgência para ser votado na Câmara, pode ser colocado num segundo plano do presidente Temer. Vamos conversar com ele e o ministro Geddel Vieira Lima, para suspender aquela portaria da Advocacia-Geral da União (AGU). Acho que se o presidente fizer essa ação, com certeza o nosso projeto pode ser avaliado com muito mais cautela”, reforça Montes.