Setor cobra mais atenção

Na corrida eleitoral, boa parte do financiamento das campanhas sai do agronegócio
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Considerado um dos setores mais importantes da economia mato-grossense e do país como um todo, o agronegócio precisa de mais atenção por parte dos pré-candidatos aos cargos que estarão disponíveis na eleição deste ano. Na avaliação de líderes do setor, os governos passados deixaram a desejar. Por conta disso, uma agenda para ouvir os principais nomes na corrida eleitoral deste ano deve montada e propostas de gestão são esperadas.

Prestes a ouvir o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin (PSDB), que estará em Cuiabá na próxima sexta-feira (6), o setor produtivo se manifesta por desburocratização. A principal dificuldade é quanto ao sistema tributário.

Presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan avalia que os governantes precisam ouvir mais o setor, o que, segundo ele, não tem ocorrido. “É interessante ter nomes do agro fazendo parte do cenário político brasileiro e estadual. Vai haver alguns candidatos, mas o mais importante é que, quem esteja no poder, entenda que agropecuária brasileira, em especial de Mato Grosso, é um segmento muito importante. Tem que se olhar para esse lado, porque enfrentamos muitos problemas de burocracia e isso tem que acabar”, defende.

Na avaliação de Galvan, todos que já passaram pelo governo do Estado deixaram a desejar quando se trata de agronegócio. “O próprio governador Pedro Taques (PSDB), deixou a desejar. Tem criado mais burocracia e atrapalhado muito a produção, de modo geral”. Marco Túlio, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), afirma que essa conversa com os pré-candidatos é necessária para o setor conhecer as propostas. De acordo com ele, todos precisam ser ouvidos, já que até o momento pouco dito em relação ao agro.

“Estamos um pouco distante do centro político e não temos essa convivência. É preciso conhecer a história do candidato. Todos deveriam ter um protocolo de intenções. Precisamos saber o que está sendo proposto. Até o momento, nada de concreto foi apresentado. O que vemos são muitos políticos que querem mais o cargo do que o exercício do cargo. Vemos com muito pesar isso”.

Marco Túlio ainda ressalta a necessidade de novas lideranças, principalmente do agronegócio, entrarem na disputa. “Precisamos de novos nomes, pessoas que vão contribuir para o segmento e que venha fazer uma política diferente”, defende.

Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, local onde ocorrerá o evento do PSDB, diz que ouvir pré-candidatos é interessante. A principal pauta a ser discutida será as reformas tributárias nacional e estadual.