Sistema vai operar este mês

Na base de dados do SimCAR em Mato Grosso há 112 mil imóveis rurais inscritos para análise, processo que tende a ganhar agilidade com novo sistema de cadastro
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Começa a funcionar este mês o novo Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SimCAR) de Mato Grosso, que foi apresentado pelo vice-governador, Carlos Fávaro (PSD) ao ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, nesta quinta-feira (16), em Cuiabá. Até o início desta semana havia 1,612 mil cadastros ambientais rurais analisados e apenas 4,52%, ou 73, aprovados na antiga base do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar).

Na base de dados do SimCAR há 112 mil imóveis rurais inscritos para análise. Com o objetivo de acelerar o processo, o Executivo estadual optou por romper com o sistema de migração de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o Sicar no fim do ano passado. Com isso, o governo estadual retomou o controle local sobre as inscrições e validações dos cadastros, por meio de um sistema próprio. De acordo com a legislação ambiental, para que o imóvel fique regular é preciso que a inscrição da propriedade no CAR seja validada pelo governo federal.

“O SimCAR é uma ferramenta tecnológica importante e Mato Grosso toma de novo as diretrizes deste cadastro, sincronizado com o governo federal”, reforça Fávaro. Segundo ele, nos primeiros meses deste ano a meta é validar entre 10 mil a 15 mil cadastros de propriedades/mês. “O sistema foi aperfeiçoado e com isso tira algumas fragilidades, como por exemplo as sobreposições de propriedades”.

O ministro de Meio Ambiente lembra que nos últimos 2 anos, o desmatamento na Amazônia aumentou (entre agosto de 2014 e julho de 2015 e entre agosto de 2015 e julho de 2016). “Essa tendência de aumento é muito preocupante para o Brasil, por causa dos nossos compromissos e principalmente por causa dos efeitos sobre a Amazônia”. Informações da Sema apontam que Mato Grosso teve 19% de redução do desmatamento no bioma amazônico entre agosto de 2015 e julho de 2016.

Sarney Filho garante que elaborou estratégias para conter o avanço do desmatamento na região, que era focado no comando e controle. “Essa vertente depende que todos os órgãos estejam equipados, não pode faltar dinheiro. E faltou nos últimos 2 anos por causa da crise política e econômica no país, que deixou a impressão de que o estado não estava presente”, expôs.

Além disso, a aprovação do novo Código Florestal deixou a impressão de que a ilegalidade poderia perdurar. “Mas, já temos informações de que o desmatamento foi contido e houve diminuição em dezembro do ano passado”. O ministro defende a criação de alternativas econômicas com foco na sustentabilidade, “para que a floresta em pé valha mais do que derrubada”.