Superação de preconceitos, tecnologia, inovação e conhecimento. Essas são algumas das palavras de ordem que marcam o início da 7ª edição da InterCorte em Cuiabá. Segundo o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, “Não podemos vender para mercados internacionais se ficarmos em Cuiabá”.
Com o tema “Produzir Mais Carne”, a InterCorte em Cuiabá ocorre nesta quinta e sexta-feira, 12 e 13 de abril, no Cenarium Rural. Realizada pelo Terraviva Eventos em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a ação conta com mais 1,5 mil participantes, sendo 80% do público formado por produtores rurais em busca de conhecimento e troca de informação para produzir melhor, com mais qualidade e rentabilidade.
Mato Grosso é detentor do maior rebanho bovino comercial do Brasil com quase 31 milhões de cabeças. Em 10 anos ampliou em torno de 12% o seu rebanho, 12% o peso de sua carcaça e reduziu em quase 15% o tempo de abate, garantindo assim uma maior qualidade na mesa.
Conforme o presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares, não somente estes fatores levam o estado a exportar para mais de 100 países carne bovina, mas também pontos como estar há 22 anos sem a incidência de febre aftosa e todo um trabalho de sustentabilidade desempenhado pelos produtores.
“A Acrimat tem como um de seus pilares promover o desenvolvimento da carne através da informação e esse é um dos focos da InterCorte. São experiências aqui que se transformam em oportunidades de conhecimento para produzir mais, vender mais”, disse Marco Túlio Duarte Soares.
Para Eduardo Ramos, diretor do Terra Viva, a etapa da InterCorte é um termômetro de como será a atividade no decorrer do ano.
Presente na abertura da InterCorte o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, afirmou que “o Estado não deve entrar em determinadas situações” e que quem mais entende de suas necessidades é o próprio setor produtivo. “Criamos o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) com auto regulação do setor produtivo. O próprio setor conhece os seus problemas”.
Ainda de acordo com Taques, “Nós não vendemos para mercados internacionais se ficarmos em Cuiabá” e que é preciso “superar preconceitos”. “Fomos há vários lugares para mostrar a carne de Mato Grosso e superar preconceitos. E, esse trabalho será feito pelo Imac de prospectar negócios e tirar essa barreira do preconceito. Nós temos carne de qualidade. Já temos frigoríficos enviando para os Estados Unidos, a exemplo de Paranatinga, e o Imac vai conseguir isso”.
Sobre a InterCorte Taques disse que “Tecnologia, conhecimento e inovação. Não podemos ficar mais em patamares do passado e eventos como esse trazem tudo isso”.
Como o Mato Grosso Agro já comentou, a programação da InterCorte em Cuiabá estará dividida em quatro blocos temáticos: Produzir mais carne, que irá demonstrar que a eficiência técnica gera maiores ganhos, tendo o conceito de produzir mais em menos; Inovação, que pretende abordar junto ao produtor métodos e técnicas novas da chamada quarta revolução; Vender Mais e Vender Melhor, que apresentará ao produtor meios e subsídios para melhorar o mercado da carne; e Comunicação, que promoverá o debate com o produtor sobre a habilidade de comunicação, como o produtor divulga seus resultados e ações, e como a sociedade enxerga o Agronegócio.
Segundo o presidente do Sistema Famato, Normando Corral, “a InterCorte é um evento para comemorar a atuação sustentável de Mato Grosso”.
O presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda, destacou que “Estamos evoluindo da porteira para fora com agregação de valor e qualidade com o Imac. Acredito que a pecuária terá dois momentos. Um antes e outro pós Imac conseguindo agregar valor ao produto”.
