O governador Pedro Taques (PSDB) garante que, aos poucos, a emissão de Guias de Transporte Animal (GTAs) é normalizada. Segundo ele, em visita à sede do, há um esforço para regularizar a situação.
Ele cita a realização de reuniões, uma delas conduzida pelo vice-governador Carlos Fávaro (PSD), para amenizar a situação. “Nós estamos acompanhando bem de perto junto com o secretário Seneri Paludo (Desenvolvimento Econômico) e Guilherme Nolasco (Indea) ”, frisa.
O tucano destaca a realização de reunião, na semana passada, com o presidente da Famato Rui Prado e diz que, desde o início desta semana, a situação foi resolvida em relação aos suínos e à piscicultura.
O problema é que a greve também afeta o transporte de bovinos e já está impactando, na paralisação do abate em frigoríficos. O superintendente da Acrimat, Francisco Manzi, o Chico Manzi, inclusive, alertou para o possível fechamento de frigoríficos e demissão de funcionários por causa da greve.
Chico pondera que pode haver um efeito cascata, provocando a falta de produtos no mercado. “Ai já começa o caos”, comenta Taques. Servidores estão em greve desde 31 de maio e cobram pagamento integral de 11,28%. O governo formalizou três propostas, mas elas foram rejeitadas.
Indea
Em meio ao embate, a presidente do Sintap, Diany Dias, reclama do que classifica como “acordo” espúrio firmado entre “uma associação que se denomina sindicato, sem ter carta sindical intitulada de Sinfa” e Nolasco.
Segundo o Diany, o acordo garantiu o retorno na emissão dos GTAs para os segmentos da piscicultura e da suinocultura, sob a justificativa de que os da bovinocultura precisavam ter se cadastrado para tal benefício.
A sindicalista alerta que, mesmo os já cadastrados para emitir a guia online, ainda precisam comunicar a vacinação para que isso ocorra e esta comunicação não pôde ser feita em função da greve dos servidores.
Ocorre que a vacinação contra a febre aftosa terminou em 31 de maio e, num primeiro momento, os pecuaristas tinham até 10 de junho para fazer o comunicado. Com a greve no setor, entretanto, não foi possível efetuar a regularização. “Sem a validação da vacinação não se emite GTA. Todavia a emissão desses documentos causa insegurança sanitária uma vez que não se tem a fiscalização nesses locais de origem e de chegada para que se tenha a certeza que não há algum animal sem doenças”, explica a presidente do Sintap, Diany Dias.
