Tecnologia é a grande aliada

Nas pastagens mato-grossenses alimentam-se 30 milhões de cabeças de gado, o maior rebanho do Brasil

Cada vez mais a tecnologia adentra o campo para garantir produtividade crescente e sustentabilidade. Na pecuária, novidades surgem para melhorar as pastagens e o rendimento do rebanho. Pecuaristas mato-grossenses já encontram no mercado variedades resistentes às pragas, alagamentos, estiagem e adaptadas aos solos sem drenagem. As opções são adequadas à nova realidade do setor produtivo.

É com este objetivo que o pecuarista Gilberto Martins investe na integração de áreas de pecuária com lavoura e adota insumos de maior qualidade. “A integração lavoura-pecuária é uma opção para melhorar a produtividade, além dos investimentos em tecnologia”. Contudo, é o bolso que dita o volume dos investimentos na atividade, completa. “Às vezes você tem o dinheiro para a semente, mas não tem o maquinário adequado. E contar com o crédito é complicado, porque nem sempre chega na hora certa”. Ele mantém 600 hectares preenchidos com pastagem no município de Cuiabá. Em média, cada hectare comporta 1,2 animal, sendo que a ocupação aumenta durante o período chuvoso.

Para os pecuaristas que investem na melhoria das pastagens e na suplementação animal o resultado é o aumento da margem de lucro, observa o presidente do Grupo Matsuda, Jorge Matsuda. E foi na intenção de melhorar os resultados na bovinocultura de corte e leiteira que a empresa, referência em produtos agropecuários, começa a comercializar 4 novas cultivares de gramíneas forrageiras, sendo que duas foram reapresentadas durante evento da empresa em Cuiabá na última sexta-feira (17). Os produtos estão disponíveis nas revendas agropecuárias a preços compatíveis com as opções já existentes no mercado, afirma o porta-voz da empresa. De acordo com ele, a taxa de lotação pode chegar a 7 cabeças por hectare com os investimentos certos.

Na percepção do diretor da Matsuda Cuiabá, Ricardo Mitsunaga, o desafio é transformar os pecuaristas em produtores de pasto. Segundo ele, investir em pastagem com tecnologia associada traz ganhos de produtividade e qualidade. “Ainda se desperdiça investimento com sementes de baixa eficiência e pureza. Ao adquirir uma semente de qualidade, com características específicas para aquele solo, se ganha na relação custo/benefício”. Mitsunaga diz ainda que grande parte das sementes disponíveis no mercado possui 60% de pureza, ou seja, 40% não é reaproveitado. “A Matsuda trouxe inovação ao elevar a pureza para 100%. Ao invés de comprar uma carreta de sementes, o pecuarista renova a pastagem com uma caçamba de caminhonete”, compara o diretor.

As sementes desenvolvidas pela Matsuda resultam de um longo período de pesquisas e passam por rigorosos testes antes de serem disponibilizadas ao mercado. Todas possuem uma característica exclusiva para elevar a pureza da semente, que é a incrustação. As sementes passam por um processo de limpeza e depois de escarificação química, tratamento com fungicida e polímero com incrustação.