Vila Rica, em Mato Grosso, quer porto seco na cidade

Cerca de 400 mil hectares no município têm potencial para agricultura, mas, hoje, apenas 45 mil são cultivados
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Localizada no nordeste de Mato Grosso, Vila Rica tem quase 600 mil hectares com pastagens e apenas 45 mil hectares com agricultura (boa parte em integração lavoura-pecuária), mas com potencial de ampliar a atividade para 400 mil hectares. “Somos a última fronteira agrícola do Estado”, diz Anísio Vilela Junqueira Neto, presidente do Sindicato Rural de Vila Rica. Para estimular esse avanço, o município tenta viabilizar a criação de um porto seco (terminal alfandegário fora do porto principal em que podem ser feitas as documentações e deixadas as cargas de importação ou exportação). “Ajudaria no desenvolvimento da região e traria melhor viabilidade para importar e exportar por causa da redução de custos”, afirma Neto.

O presidente do sindicato ressalta, porém, que a ideia não é reduzir a atividade pecuária no município, que conta com rebanho de cerca de 625 mil cabeças atualmente. “Não é que vai entrar a agricultura e acabar com o gado. Pelo contrário, vai produzir alimento para os animais”. De acordo com Neto, o avanço da integração permitiria aumentar o rebanho para 800, 900 mil cabeças sem abrir novas áreas, apenas recuperando pastagens degradadas. Seria também uma forma, segundo ele, de melhorar a situação do produtor. “Com a integração, você praticamente faz três ciclos. Faz safra, safrinha e ainda tem o boi para aproveitar no período da estiagem”.

De acordo com ele, uma reunião foi realizada recentemente na cidade e contou com a participação de possíveis investidores e administradores de outros empreendimentos, como o do porto seco Centro-Oeste, de Anápolis, GO. As conversas ainda estão no início e o próximo passo será contratar um profissional para fazer um estudo de viabilidade na região. “Já encontramos quem pode fazer esse serviço. Ele conhece a região e tem experiência nisso. Estou apenas esperando a resposta de algumas pessoas que vão ajudar a pagar essa pesquisa, porque o sindicato não vai bancar tudo sozinho”, afirma o presidente.