Um dos principais analistas econômico do Brasil, Ricardo Amorim abordou durante a realização do 1º Arroba e Prosa os rumos do cenário econômico no Brasil e no mundo. O evento promovido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) levantou uma série de questionamentos sobre o futuro da atividade agropecuária, micro e macroeconomia e estratégias de retomada à competitividade para os envolvidos nos diversos setores da economia, do campo à indústria.
Acrimat discute economia no Brasil e no mundo em evento híbrido
Acrimat discute perspectivas do agronegócio e pecuária no Brasil e no mundo
Amorim destacou que as perspectivas para o Brasil para o segundo semestre de 2021 e para o próximo ano são promissoras e que a economia como um todo, apesar da crise, tem apresentado números significativos de crescimento. O economista anotou que um dos principais motivos para essa retomada foram os estímulos concedidos pelo governo, dentre eles os programas de auxílio emergencial, que injetou bilhões na economia e fez com esse dinheiro entrasse diretamente para os comércios por conta do consumo imediato.
Em uma análise mais aprofundada, Ricardo Amorim disse que o período em que o programa de auxílio emergencial esteve vigente, se não houvesse a pandemia, os valores destinados pela União às famílias beneficiadas seriam suficientes para garantir renda básica para os brasileiros por pelo menos 10 anos.
O economista atingiu a superfície de assunto como os investimentos realizados pelo governo federal no agronegócio, que segundo o Mapa aportou recursos de R$ 236 bilhões através do Plano Safra 2020-2021, com destaque para a sustentabilidade, incentivando a retomada econômica ao oferecer financiamento com juros mais baixos, priorizando mais uma vez pequenos e médios produtores rurais. Os investimentos foram ampliados em 30%, mesmo percentual acrescido ao seguro rural.
Adiante, disse que é necessário atrelar o crescimento da economia a execução de reformas em áreas como a infraestrutura, mais especificamente de transporte, e que o agronegócio tem papel central nessa conjuntura.
“Estamos passando por uma grave crise devido a pandemia, mas o agronegócio oferece muitas oportunidades de crescimento; contudo, precisamos estar atentos a matérias como a votação da reforma tributária, que é extremamente necessária para diminuir o déficit que prejudica as finanças do governo federal”, disse o economista.
Amorim fez uma breve análise sobre a questão previdenciária. “A diferença nas regras dos benefícios repassados pela previdência, somada a maior expectativa de vida das pessoas demonstram que o modelo atual não é sustentável”. Para ele, o Congresso deve aprovar as medidas necessárias a fim de não “ser responsabilizado diante de um novo caos que pode surgir caso não o façam”.
Sobre o mercado internacional, o economista ressaltou a relação entre Estados Unidos e China como o ponto principal a ser observado pelo governo brasileiro. “Esse é o momento em que o governo deve estar mais atento às tensões comerciais entre as duas potencias, e esta queda de braço entre EUA e China deve beneficiar diretamente o agronegócio brasileiro; que se sedimentará como o principal fornecedor de alimento para a China”.
Na próxima matéria da série, vamos nossa aprofundar nas análises promovidas pelos participantes do Arroba e Prosa acerca da economia, pecuária e muito mais.
Arroba e Prosa
Para ver o evento na íntegra, ele estará disponível nas nossas redes sociais até o dia 16 de abril. Acesse: https://www.facebook.com/acrimat.associacao/, https://instagram.com/acrimat.associacao, https://www.youtube.com/user/ComunicacaoAcrimat/videos